Trôpega

Ela senta-se em seu canto, cantando para ela mesma dormir, coberta por todas as promessas que ninguém parece manter, ela não chora mais por ela mesma, não há lagrimas para serem enxugadas, apenas páginas em branco de um diário, sentimentos que se perdem. Mas ela cantará.
Enquanto todos gritam queimando suas mentiras, queimando meus sonhos, toda esta fé e toda esta dor. Caminhando despercebida pela vida, sabendo que ninguém se importa, tão consumidos em suas máscaras, ninguém vê que estou lá, mesmo assim, ainda canto. Assistindo tudo se destruindo ao longe.
Tropeçando ao longo de muitas pedras, tenho bastante a dizer... Eu encontrei minha maneira, eu não sei aonde ir, não poderia ver onde isso conduz. Fazendo castelos na areia, sem medo de mais ninguém, eu mesma seguraria minha mão, eu sou manchada do mundo.
Triste pequena garota.