Perdi-me em mim mesma
Num dia que não existiu
Como um acidente do qual não posso lembrar
Por ter batido fortemente com a cabeça em algum lugar
O mundo em sua pior face
Foi o que me atingiu ferozmente
Instalando uma chaga em minha mente
Uma patologia inscrita em mim
Um vácuo proposital em minhas têmporas
Agravado pela pressão que não havia de ser
Enforcando minha existência tênue
Com as mãos carinhosamente dolorosas de meus pais
18 de jun. de 2011
15 de mai. de 2011
Criança
Que mente tão insana e qual devaneio tão sombrio
Iria recusar a força de um amor tão gentil?
Qual estrela fria, qual brisa nebulosa
Deixaria de notar o corpo divino que se estende nesse lençol celestial?
Debruçada sobre as estrelas mais brilhantes
Uma criança se enche de riso
De felicidade em poeira estelar
Brincando entre os dedos do vento
Ela se infla da mais doce alegria
E expira de satisfação
Sentindo os olhos coçarem de sono
Ficando tonta pela canção de ninar da negra noite
Suavemente é balançada pelas ondas do céu
As nuvens que lhe cobrem de carinho e aconchego
Fazem do alto céu noturno o seu ninho de conforto e paz
6 de mai. de 2011
Brilho dos seus olhos
Na manhã ensolarada do brilho dos seus olhos
É onde quero, ao tilintar de suas pálpebras, acordar
Para a doce vida ao seu lado, meu amor
Encantada com o afago que recebo
Nada falo, pois as palavras estão pairando no ar
Ar que nos cerca e nos enche de vontade
De continuar a se olhar
11 de mar. de 2011
2 de fev. de 2011
A Outra
Ela era a outra, e se sentiu invisível naquela sala de estar onde estava seu amante e a esposa dele, abraçados enquanto perdoavam um ao outro... Enquanto isso, ela foi se escoando para a porta, querendo sumir o mais rápido possível e ao mesmo tempo querendo estar no lugar da esposa, mas não seria possível. Então ela abriu a porta, que pareceu chorar quando foi aberta, um barulho agudo e esmorecido... Foi sua deixa.
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