O que dizer quando tudo que se explica é mera vaidade?
O que fazer quando nada mais te motiva a seguir em frente?
Quando o âmago da tua existência está tão angustiado que não pode se mover
Quando levantar-se faz o chão abaixo de ti tremer
Quando não podes mais suportar tamanha agonia
O travesseiro encharca-se de tristeza, não há mais vestígio de alegria
A existência que te mata aos poucos
É a mesma que te trouxe à esta estrada
Hoje, empoeirada pela tua desgraça
Amanhã, interditada pelo teu fim
Um comentário:
Se disser que os dois primeiros versos da última estrofe não foram inspirados em "a mão que afaga é a mesma que apedreja" não sei se vai conseguir me convencer não, hein? rss. Mas o poema está bem estruturado, ainda que sem não se prenda a nenhuma linha formal poética. A vaidade do seu primeiro verso caiu perfeitamente bem... Muito bom!
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