Como se nunca tivesse partido

Quando o espinho do bosque ficar branco, é quando eu vou chegar em casa, estou saindo para ver o que posso semear, e não sei aonde eu vou, e eu não sei o que eu vou ver, mas eu vou tentar não trazê-lo para casa comigo. Assim como o sol da manhã, seus olhos vão seguir-me, como você vê-me vaguear, seguindo o curso da maldição dos poderes que são. Porque tudo o que eu quero é o aqui e o agora, mas isso já foi e desapareceu. Nossas intenções sempre por último, por um período um pouco extenso.
Distante, sem vozes sonantes, sem ninguém à minha volta e você ainda está lá, sem escolhas passando, sem tempo me confundindo... E você ainda está lá. Nas luzes das luas cheias eu escuto o córrego, e entre o silêncio eu ouço você me chamando, mas eu não sei onde estou e eu não confio com quem tenho estado... E se eu chegar em casa, como se nunca tivesse partido?