11 de nov. de 2008

A Eternidade














... Se perpetúa em uma noite ao teu lado

Eu tenho visto paz, eu tenho visto dor descansando nos ombros de meros humanos.
Você vê a verdade através de todas as mentiras deles, você vê o mundo através de olhos preocupados. Deito aqui no chão e choro no meu próprio ombro, seja o seu melhor amigo, seja o melhor amigo de alguém. Eu tenho visto nascimento, eu tenho visto morte.
Vivi pra ver o último suspiro de um amante, vi minha culpa, eu deveria sentir medo?
O fogo de hesitação brilha sobre minha pele e reluz sobre minhas mãos que esfriam por um instante, mas logo voltam a ter um rubor normal. Se eu quiser falar mais uma vez sobre isso, eu dependerei de você, eu chorarei no seu ombro. Você é um amigo.
Pessoas passam por muitas coisas, se agarram em corações que prometem não chorar por nada, contanto que isso não destrua a vida do guardião daquele nobre(?) orgão.
Eu tenho visto medo, eu tenho visto fé.
Vi o olhar de raiva naquele rosto palidamente refletido numa água turva, bassa demais, descrevia com dificuldade suas expressões:
- Venha, sente-se comigo e chore no meu ombro, eu sou sua amiga.
Estendem-se os corpos horizontalmente sob o chão áspero, mas que seus corpos mal o sentiam, contemplando um luar prateado, os dois se olharam - minha respiração era nula, minha voz falha não se traduzia em palavras - até que os olhos pesassem ao extremo, eles viajaram por um mar de estrelas, coversaram mesmo que em praias opostas, o pensamento navegou por entre peqenas luzes sem que viajem alguma fosse nescessária.

Pensei que tivesse nascido numa noite sem fim, até você brilhar.

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