9 de set. de 2008

Sim, sacrifícios...




















Acho que a verdadeira cega fui eu de não conseguir mesmo tentando dar o meu máximo, chegar se quer aos teus pés... Se o máximo não foi o bastante enquanto eu ainda tinha a energia e as suas costas pra me carregar, agora que estou com terra sobre mim, vou escavá-la para tirar cada resquício de poeira que me rodiar. Se não vai adiantar de nada? Eu não sei.
Estou enchergando bem demais agora e meu foco é único, quando eu chegar ao fim disso tudo meu corpo poderá estar cansado e minha mente reluzente, mas estarei intacta, e ainda assim uma fortaleza serei se preciso. Agora escrevo com mãos esfalecidas e trêmulas, o sangue não circula como deveria circular... Por mais fraco que meu corpo fique a cada segundo que se passa dentro de mim, por mais que só palavras de rancor venham em direção da minha vista e dos meus ouvidos, o que nos juntou me alia como uma muleta, me erguendo e dando os meus passos lentamente para que logo eu possa estar correndo em direção a você.
Que venham tempestades, nevoeiros, ventanias geladas daquelas que só de sentir a brisa parece te cortar a face... Que eu morra se for pra merecer a dor de não te ter...
Pois a razão de ainda estar aqui, foi a mesma que eu tive quando no começo tudo me indicava a saída, porque pra mim cada gota de sangue que eu derramar vai se igualar a cada lágrima de emoção em te ter comigo pro resto da vida. Pois minha vida já não me pertence.

"Se não há dor, não há ganho."

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